Desde o início dos tempos a mulher foi submissa ao
homem, cabia-lhe somente a função de ser boa mãe, esposa e dona de casa. Muito embora aos homens, a tarefa de
sustentar e manter o lar já seria de toda a importância. Nas tribos indígenas,
nos povos mesopotâmicos, nos nômades e em qualquer outra civilização antiga até
hoje encontrada, a mulher sempre foi um ser desprezado.
No Brasil, não foi diferente, e somente com a
Constituição de 1934 a mulher esteve em igualdade perante a lei com o homem,
tanto na questão política quanto no divórcio, que neste contexto passou a ser
legalizado. Entretanto, esses “direitos iguais” até os dias atuais ainda não
são cumpridos, expondo o sexo feminino à humilhações, ao assedio, à salários
inferiores e, principalmente, à dependência masculina.
Na Constituição de 1946 houve um enorme retrocesso,
o casamento voltou a ser indissolúvel, voltava então a mulher, a conviver,
forçadamente, com seus cônjuges. Na década de 60, houve a Constituição de 1967,
que reduziu o tempo da aposentadoria feminina, além da licença maternidade;
nesta década houve também o surgimento da pílula anticoncepcional que deixava o
controle da quantidade de filhos nas mãos das mulheres.
Na década de 70, aconteceu um marco incrível na luta
feminina, a queima de sutiãs, no qual mulheres intituladas feministas saiam as
ruas protestando a favor da igualdade de gênero, elas penduravam sutiãs pelas
ruas e algumas até saiam sem os mesmos. Após esse fato foi promulgada a
Constituição de 1988, a Constituição Cidadã, atual do nosso país.
Neste ínterim, com vários avanços em lei, a mulher
continua discriminada, e ainda sendo vista como um objeto de uso masculino, e
mais preocupante ainda, é que algumas mulheres concordem com este pensamento.
Depois de tanta luta, enfim foi sancionada a Lei Maria da Penha, que assegurava
a segurança da mulher, tanto em âmbito domiciliar quanto em qualquer parte da
sociedade; e mais atualmente a criação da Lei do Feminicídio a qual agrava a
pena dos homicídios cometidos em mulheres.
Em suma, é mister ressaltar que não podemos
negar os avanços, sim, somos cidadãs no plenos sentido da norma, ao menos é o
que nos diz a lei. Contudo na prática o sexo feminino ainda passa por várias
dificuldades, e embora num mundo machista, nós não queremos ser melhores que
ninguém, apenas exigimos nossos direitos e pedimos com clemencia respeito.
Afinal, o que seria o mundo sem as mulheres?
Piedade Silva Almeida
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