Art. 214 da CF/88 e Suas Promessas

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 O art. 214 da CF/88 , estabelece o plano nacional de educação de duração decenal, com objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:
          I – erradicação do analfabetismo;
          II – universalização do atendimento escolar;
          III – melhoria da qualidade do ensino;
          IV – formação  para o trabalho;
           V – promoção humanística, científica e tecnológica do País.
          VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.

O plano nacional de educação é um plano que visa cumprir metas, objetivos e diretrizes para transformar a educação brasileira em nível de País de primeiro mundo.
A erradicação do analfabetismo é o primeiro passo para essa transformação. De acordo com o IBGE, o número de analfabetos é de 13 milhões, sendo a grande maioria pessoas acima de 65 anos de idade. 

O número de pessoas analfabetas vem reduzindo lentamente a cada ano que se passa, comparando com outros países da America Latina, como Bolívia e Venezuela que tiveram o analfabetismo erradicado, que foram dados reconhecidos pela UNESCO. Portanto, o PNE deve acelerar mais o processo de alfabetização para alcançar esta meta que está sendo esquecida pelos brasileiros.  

A universalização do atendimento escolar é outra etapa que deve ser realizada, mas que precisa estabelecer duas prioridades: Universalizar o atendimento para jovens entre 15 a 17 anos, até 2016 e elevar a taxa liquida de matriculas no ensino médio para 85%, até 2020, na mesma faixa etária. Porém, para atingir essas duas prioridades deve  evoluir mais rapidamente do que nos últimos anos.

Para o Brasil melhorar na qualidade do ensino, deve-se valorizar os alunos , os professores e amparar as famílias para que possam compreender que a educação é essencial na vida de uma pessoa, não apenas para garantir um bom emprego, mas para garantir outros direitos, como saúde, segurança e justiça.Porém, a Prova Brasil (Avaliação Nacional do Rendimento Escolar também conhecida como Prova Brasil, é uma avaliação criada em 2005 pelo Ministério da Educação, para medir o nível da qualidade de ensino do Brasil) constatou que a educação apresenta boa qualidade em nas regiões do Sul e Sudeste, mas na região do Nordeste a educação é precária e abandonada.

A formação para o mercado de trabalho vem sendo muito valorizada pelas empresas e indústrias. O Plano Nacional é uma declaração de garantia para uma boa formação de trabalho para todos os estudantes do Brasil. Contudo, a atual crise que afeta no mercado de trabalho reduz as vagas e aumenta o nível de demissões, diante disso a formação para o trabalho é irrelevante.

O Brasil investe muito bem na educação, mas investe mal. Se não houver uma profunda reforma do sistema  que passe pela implementação de mecanismos de aferição de qualidade.O Brasil investe mais na educação do que vários países de primeiro mundo por exemplo: Reino Unido (5,6% do PIB), a Suíça (5,5%), os EUA (5,5%) e o Japão (3,8%). Não obstante, atualmente o Brasil investe 7,8% de seu PIB. Porém, apresentamos o pior desempenho. Com a aprovação do novo PNE, que elevou para 10% o valor a ser investido na área nos próximos dez anos, a gestão de nossa educação deverá estar ainda mais atenta para que esse recurso seja integralmente aplicado na melhoria da qualidade do ensino, tanto em equipamentos quanto na qualificação dos professores.

Marius Richard Friedl 

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