Cigarro

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O cigarro ou fumo como também é conhecido é produto oferecido licitamente no mercado de consumo e o consumidor tem o livre arbítrio para fazer uso do produto ou não, assim como também tem o fumante passivo liberdade para escolher lugar de permanência, isento dos efeitos nocivos da fumaça. Com essa linha de raciocínio, suscita-se a excludente de responsabilidade fundada na culpa exclusiva da vítima.

Um dos argumentos dos produtores do fumo mais validados pela jurisprudência funda-se na ideia do livre-arbítrio. Para a indústria, o ato de fumar representa um mero hábito e, como tal, sendo que a opção aberta e desembaraçada do próprio fumante, nada mais é que uma ação absolutamente voluntária, de forma que os efeitos, porventura acarretados àquele que assim decidiu agir, jamais poderiam ser impingidos às fornecedoras de cigarros, mas, sim, e exclusivamente, ao próprio tabagista. Com essa linha de raciocínio, suscita-se a excludente de responsabilidade fundada na culpa exclusiva da vítima.


Essa pesquisa deve ser baseada sob duas perspectivas. Inicialmente, é de se perguntar se o consumidor, decidindo-se por iniciar a prática do tabagismo, realmente age livremente, sem qualquer interferência externa. Ao tabagista, bastaria a sua livre manifestação de vontade, uma mera opção, para se abdicar do vício de fumar, considerando-se, igualmente, a existência, ou não, de algum estímulo externo, atuando contra tal intenção.

GLEDSON FRAGA DORIA


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